A investigação sobre a morte de Vinícius Gritzbach, delator do PCC, revelou um esquema de corrupção que bancava um alto padrão de vida de policiais civis em São Paulo. A operação deflagrada na quarta-feira (18) prendeu quatro agentes acusados de receberem propina e lavar dinheiro da facção paulista.
O esquema de corrupção bancava viagens internacionais, vinhos caros e uma vida de luxo. Essa era rotina do investigador Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho. Ele compartilhava a vida luxuosa nas redes sociais. Hoje, ele é foragido da Justiça.
A operação começou a partir da delação premiada de Gritzbach ao Ministério Público. Ele acusava de corrupção policiais que trabalhavam no DHPP. "O Eduardo e o Baena pediram uma quantia de R$ 30, R$ 40 milhões de reais em um pendrive, que eu não tinha", contou à época, sobre um pendrive que teria criptomoedas e a extorsão por parte de um investigador e o delegado Fábio Baena.
Na delação, Gritzbach afirmou que teve relógios caros roubados durante operações de busca e apreensão. Ele reconheceu um dos relógios no pulso de Rogerinho em fotos publicadas pelo próprio investigador.
O empresário também acusava os policiais de roubarem um sítio dele no interior paulista. Além dos quatro agentes presos na operação, outros três civis foram encontrados e detidos.