
A última coisa que fazemos com o celular, hoje em dia, é usá-lo como telefone. São aplicativos de conversa instantânea, rede social, jogos, etc. Por outro lado, o que parece inofensivo, um passatempo, pode ser a porta de entrada para mais um golpe.
Acontece que vírus disfarçados de jogos podem ter acesso ao seu dinheiro. Essa fraude tem até nome. Chama-se “mão invisível”.
O golpe só é possível porque a vítima dá autorização. Ao ser instalado, o aplicativo do jogo pede permissões de acessibilidade. Isso dá acesso total à tela do celular e permite simular toques nela. O problema é que quase ninguém lê o que os aplicativos pedem antes de aceitar.
Com as permissões fraudulentas, o programa espera a vítima abrir o aplicativo do banco e, quando ela vai fazer uma transação, o vírus mascara o que aparece na tela e altera o valor e o destino da transferência.
“A recomendação número um é nunca instalar aplicativos que não estejam nas lojas oficiais. Isso vale não só para Android, mas também para iOS. Nós precisamos lembrar que, quando uma empresa submete um aplicativo, seja na Play Store, para Android, ou para iOS, esses aplicativos e os códigos deles estão avaliados justamente para ver se lá dentro não tem um golpe, se não tem vírus”, ponderou o especialista em crimes cibernéticos Arthur Igreja.
Além disso, fique muito atento com aplicativos que pedem permissão de acessibilidade. E não se esqueça de habilitar a autenticação de dois fatores nos aplicativos dos bancos.